Mãos de sangue
Situada junto ao edifício da Alfândega do Porto, a Corações Habitados nasce num espaço de linhas depuradas, quase frias para apresentar, sob o nome de um poema de Eugénio de Andrade, a paixão pelo artesanato tradicional e urbano contemporâneo. Saturada do design minimal de linhas puras, a proprietária e escultora, Isabel Dores, dedica-se agora aos objectos decorativos em prata grossa e estanho - que poderão ser apreciados na loja - e painéis de azulejo para habitações e espaços públicos, agora em parceria com a Recer. A olaria figurativa de Júlia Ramalho, os trabalhos de Mistério Filho, dos barristas de Barcelos e de Estremoz e a trapologia de Montemor-o-Novo mesclam-se com os acessórios de moda de Mariela Dias, as jóias de Liliana Guerreiro e as obras de artistas plásticos num patchwork de cores e sentidos. De terça a sábado, das 11h00 às 19h00, as portas abrem-se para embalar o sonho.
Hands of flesh and blood
Located close to the Customs Building in Oporto (Alfândega do Porto), the Corações Habitados store is a space defined by refined, almost cold lines, and yet it has been given the name of a poem written by Eugénio de Andrade ("Inhabited heart"). The store reveals a passion for both traditional and contemporary urban craftwork. The owner, Isabel Dores, is a sculptor who has grow tired of the pure lines of minimal design and has now decided to dedicate herself to decorative objects made from coarse silver and tin, which are on display in the store, as well as painted tile panels for homes and public spaces, produced in partnership with Recer. Figurative ceramics by Júlia Ramalho, work by Mistério Filho, pottery from Barcelos and Estremoz and rug-making from Montemor-o-Novo are displayed alongside fashion accessories by Mariela Dias, jewellery By Liliana Guerreiro and the work of plastic artists contributing to a patchwork of colours and feelings. Walk into this dreamlike world from Tuesday to Saturday, from 11 a.m. to 7 p.m.
[Texto de Alexandra Novo]
nov.|dez. 2008